Aliança Pela Floresta Autóctone
Perguntas e Respostas
1 - Acabo/acabamos de subscrever o vosso Apelo a uma Aliança pela Floresta Autóctone. Qual a utilidade prática e o que pensam fazer com as subscrições?
A lista dos subscritores individuais e coletivos (ver «Lista de subscritores» na barra do menu) menciona o respetivo concelho de residência e/ou de trabalho. Isso permite desde logo aproximar pessoas e facilitar parcerias tendo como objetivo comum o de alterar o coberto vegetal do nosso território. Alterá-lo no sentido de dar progressivamente primazia às espécies autóctones. Essa será a primeira utilidade das subscrições. Como antevemos uma ampliação gradual do número de assinaturas e de concelhos representados, acreditamos que elas serão úteis como expressão pública de uma maior presença, influência, incentivo e encorajamento comuns.
2 - Tenho / temos um projeto ou iniciativa que, pelo menos em parte, vai ao encontro dos objetivos da Aliança pela Floresta Autóctone. Acham que podem ajudar? Estão disponíveis para me/nos contactar?
A Aliança pela Floresta Autóctone começou a ser divulgada em setembro de 2017. Inicialmente, a prioridade é chegar ao maior número de pessoas individuais e coletivas que a queiram subscrever. No entanto, na medida do possível, contactaremos as pessoas que se nos dirigirem a respeito das suas próprias iniciativas. Nesta fase inicial, a nossa ajuda consistirá sobretudo (e quase só) em dar a conhecer essas iniciativas nesta página eletrónica (na rubrica ou sub-rubrica em preparação «Iniciativas e Projetos»).
3 - O vosso apelo está concebido numa perspetiva de médio e longo prazo. Quer dizer que nada tencionam fazer de imediato?
De imediato, apostamos numa progressiva divulgação e adesão, contribuindo com elas para fazer crescer o movimento de opinião (que obviamente se não resume à nossa Aliança) a favor de uma profunda mudança do atual paradigma florestal no nosso país. Poderemos também vir a inspirar ou animar, junto com outros parceiros, algumas iniciativas específicas (a repercutir na rubrica ou sub-rubrica em preparação «Iniciativas e Projetos»). Mas o que «nós» sobretudo faremos - sem de forma alguma o querermos reivindicar como «nosso» - será contribuir, aproximando pessoas e coletivos, para que surja em cada concelho do país uma aliança local, autónoma, ativa e dinâmica, vigilante e interveniente a favor da floresta autóctone.
4 - Com o verão catastrófico de 2016 e sobretudo de 2017 tem surgido uma multiplicidade de iniciativas com motivações semelhantes às vossas. O que distingue a vossa Aliança das restantes iniciativas?
Todas as iniciativas que manifestem a não resignação e inconformismo dos cidadãos perante os contínuos fogos devastadores (e suas causas mais profundas) são bem-vindas. Se alguma coisa vier a distinguir esta Aliança pela Floresta Autóctone de todas as outras, há de ser a primazia e o papel central atribuído à reflorestação com espécies autóctones, pois não basta conferir-lhes uma simples função de proteção das monoculturas extensivas de espécies altamente inflamáveis. E também a intenção de fazer convergir esforços, de cultivar a cooperação, superar a passividade e ter em vista o médio, longo e longuíssimo prazo.
5 - Há alguma razão para dedicar mais atenção à Aliança pela Floresta Autóctone do que a tantas outras iniciativas de motivação semelhante?
Toda a atenção dada seja a qual for o contributo de qualquer iniciativa que ajude a alterar profundamente o atual paradigma florestal, é positiva. Não pretendemos rivalizar com nenhuma mas sim cooperar e convergir. Temos um contributo próprio a dar baseado na importância primordial das espécies autóctones e na reabitação e cuidado pelo território, incluindo na sua vertente rural que deverá ser revalorizada, mas sem qualquer espírito de exclusividade. Aderir a esta Aliança não implica excluir qualquer outra iniciativa convergente, muito pelo contrário.
6 - A administração central e local (governo, municípios, freguesias, diversos institutos e instituições) está a ser incentivada ou mesmo pressionada para tomar providências que evitem a partir de agora a repetição das catástrofes incendiárias. Os cidadãos e entidades da sociedade civil têm muito menos meios e possibilidades. Não será preferível confiar no trabalho da administração e restantes entidades especializadas?
A administração e instituições mencionadas sofrem constantemente pressões contraditórias e incompatíveis. Algumas vão no bom sentido, outras querem mudar alguma coisa mas não o fundamental, outras aparentam querer mudar mas na verdade pretendem que tudo continue na mesma, na mão e no poder das tendências e estruturas que moldaram a desordem do nosso território nas últimas cinco ou seis décadas. É por isso insubstituível a presença vigilante dos cidadãos e coletivos autónomos da sociedade civil, não contra a administração e as instituições oficiais, mas para dar mais força aos que, dentro e fora delas, se esforçam realmente por ir à raiz do problema.