Pela criação de uma micro-reserva no Bosque das Quintãs (Paços de Ferreira)

A Reconecta está a recolher assinaturas para propôr ao Município de Paços de Ferreira a criação de uma micro-reserva no Bosque das Quintãs. 

Para: Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Dr. Humberto Brito, Ex.mo Senhor Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Dr. Paulo Ferreira

Nós, os abaixo-assinados, vimos apelar para a criação de uma micro-reserva no Bosque das Quintãs.
As intervenções que têm vindo a ser feitas naquele local desde Junho deste ano representam uma séria ameaça para a conservação das espécies que lá vivem e denotam falta de conhecimento na manutenção de uma área com aquelas características.
Tendo em consideração a riqueza de espécies ali existentes, várias delas protegidas por lei, apelamos para que parem de imediato as intervenções e consultem biólogos que possam orientar os técnicos da Câmara quanto à melhor forma de preservar o local, mantendo ao mesmo tempo a possibilidade de este ser usufruído pela população.
Podemos desde já adiantar algumas medidas que nos parecem apropriadas, mas que devem ser confirmadas por especialistas/biólogos:
- O trilho deve manter-se semelhante ao que sempre foi, sem alargamento da via.
- O trilho deverá continuar a existir apenas num dos lados do riacho.
- A vegetação ripícola nas margens do riacho deve ser preservada (ao contrário da manutenção devastadora que tem sido feita).
- As árvores que se encontram no meio do caminho devem ser preservadas.
- A madeira morta deve ser mantida no local.
- Os desportos (corrida, bicicleta, skate ou outros) não devem ser permitidos, ficando a área reservada apenas para caminhadas.
- Os animais de estimação só devem poder circular na presença dos donos e presos com trela.
- Deve ser colocada sinalética informativa e de sensibilização à população em vários pontos do Bosque.
Lembramos a Directiva 92/43/CEE do Conselho de 21 de Maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens, que foi transposta para o direito interno de Portugal pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril.
Sublinhamos mais uma vez que este espaço é um tesouro de valor ambiental incalculável, que trará benefícios a longo prazo para o município e que deve ser protegido da falta de conhecimento e insensibilidade dos responsáveis e dos futuros utentes.
O que propomos:
Os peticionários defendem que se converta o espaço numa micro-reserva, preservando assim uma área de elevado interesse ambiental.
O que pedimos:
A reapreciação do espaço em causa e a consulta de biólogos que orientem os técnicos do Município para a manutenção adequada do espaço.