Áreas «Protegidas» Ardem
As Áreas Protegidas, por definição, deveriam estar mais protegidas que o restante território contra todas as agressões incluindo os incêndios. Não só em termos de meios de defesa mas sobretudo de prevenção com base em princípios de ordenamento do território e no favorecimento das espécies autóctones.
Desgraçadamente, não parece haver proteção convincente nessas áreas. Em 2016, em meados de agosto, de 23 áreas protegidas, apenas uma ainda não tinha ardido. Segundo a imprensa, até final de agosto, 2017 é já o ano com mais área florestal ardida da década, e quase 10 por cento dela foi em áreas protegidas. Ou seja: mais que a sua proporção no território, que é de pouco mais de 8 por cento. O Parque Natural do Douro Internacional, com 6.685 hectares atingidos, o que equivale a 7,7 por cento da área total, foi a área mais atingida. No Monumento Natural das Portas de Ródão, foi afetada 60 por cento da sua área. A paisagem protegida da Serra da Gardunha teve 53 por cento da sua área atingida.